sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Quando for a enterrar
Deixem-me de barriga
Para baixo
Para que não vos mije
A cara
Só peço uma mesinha de
Cabeceira
E que sacudam os pés
À entrada.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Chega o carro
que nos vem buscar
já abre os olhos
a furar o nevoeiro.

Pega-nos pelos pés
e depois na cabeça
com as suas lagartas.

Lá vai o enxertado
que sua dos dedos.

Hoje almoçou
quatro grãos de areia
e dois copos de resina.
Se tiveres, és o salvador
babado na areia
a luar caramelo
senta-se a ver
tudo de seguida
como marchas de sapateiras
a bicar nas ondas
mais depressa
a torre está a fugir.