O cavaleiro mutante
Senta-se à espera
Que o caldeirão arrefeça
Que a gordura desponte
Que a ternura se derreta
Que assim não pode ser
Assim
Na cevada ardente
Põe o chapéu a meio da tarde
Dá o cavalo ao almoço
Esfrega as cucas da tia
E não teme o caçador
A missa
E os rastejadores de estrada
Assim
Como assim
Voam-se os campos
Que a vida é breve
E ele sabe a fruta
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Aquele banho de poço
Que não tomámos
Não volta às águas
Aquele sal misterioso
Que veio na conta
Não tinha desconto
Aquele calamar sem cor
Quando fechamos os olhos
Já lá estava
Aquele anúncio de tintas
Do arlequim flautado
Não era uma piada
Aquele dente coroado
Sorriu
E soltou amarras
Aquele buraco na memória
Tem mais espaço
Para espreguiçar-se
Aquele desjejum de sábado
Está aqui morto
Ao meu lado
Aquele regresso a casa
Não se faz
Sem fazer as malas
Aquele vento de oeste
Enche as velas
Com o que disse
Aquela vagem de ferro
Aconchega-me
Ao dormir
Que não tomámos
Não volta às águas
Aquele sal misterioso
Que veio na conta
Não tinha desconto
Aquele calamar sem cor
Quando fechamos os olhos
Já lá estava
Aquele anúncio de tintas
Do arlequim flautado
Não era uma piada
Aquele dente coroado
Sorriu
E soltou amarras
Aquele buraco na memória
Tem mais espaço
Para espreguiçar-se
Aquele desjejum de sábado
Está aqui morto
Ao meu lado
Aquele regresso a casa
Não se faz
Sem fazer as malas
Aquele vento de oeste
Enche as velas
Com o que disse
Aquela vagem de ferro
Aconchega-me
Ao dormir
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
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