E como vai ser depois?
Depois quando?
Quando ele não estiver cá?
Sabes quantas pessoas já não estiveram
Antes dele?
Sei
Nenhuma.
sábado, 6 de agosto de 2016
sexta-feira, 15 de abril de 2016
sexta-feira, 18 de março de 2016
quinta-feira, 3 de março de 2016
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
sábado, 24 de outubro de 2015
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
terça-feira, 20 de outubro de 2015
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
domingo, 10 de maio de 2015
terça-feira, 5 de maio de 2015
sexta-feira, 17 de abril de 2015
quarta-feira, 15 de abril de 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
segunda-feira, 6 de abril de 2015
quinta-feira, 26 de março de 2015
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
O cavaleiro mutante
Senta-se à espera
Que o caldeirão arrefeça
Que a gordura desponte
Que a ternura se derreta
Que assim não pode ser
Assim
Na cevada ardente
Põe o chapéu a meio da tarde
Dá o cavalo ao almoço
Esfrega as cucas da tia
E não teme o caçador
A missa
E os rastejadores de estrada
Assim
Como assim
Voam-se os campos
Que a vida é breve
E ele sabe a fruta
Senta-se à espera
Que o caldeirão arrefeça
Que a gordura desponte
Que a ternura se derreta
Que assim não pode ser
Assim
Na cevada ardente
Põe o chapéu a meio da tarde
Dá o cavalo ao almoço
Esfrega as cucas da tia
E não teme o caçador
A missa
E os rastejadores de estrada
Assim
Como assim
Voam-se os campos
Que a vida é breve
E ele sabe a fruta
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Aquele banho de poço
Que não tomámos
Não volta às águas
Aquele sal misterioso
Que veio na conta
Não tinha desconto
Aquele calamar sem cor
Quando fechamos os olhos
Já lá estava
Aquele anúncio de tintas
Do arlequim flautado
Não era uma piada
Aquele dente coroado
Sorriu
E soltou amarras
Aquele buraco na memória
Tem mais espaço
Para espreguiçar-se
Aquele desjejum de sábado
Está aqui morto
Ao meu lado
Aquele regresso a casa
Não se faz
Sem fazer as malas
Aquele vento de oeste
Enche as velas
Com o que disse
Aquela vagem de ferro
Aconchega-me
Ao dormir
Que não tomámos
Não volta às águas
Aquele sal misterioso
Que veio na conta
Não tinha desconto
Aquele calamar sem cor
Quando fechamos os olhos
Já lá estava
Aquele anúncio de tintas
Do arlequim flautado
Não era uma piada
Aquele dente coroado
Sorriu
E soltou amarras
Aquele buraco na memória
Tem mais espaço
Para espreguiçar-se
Aquele desjejum de sábado
Está aqui morto
Ao meu lado
Aquele regresso a casa
Não se faz
Sem fazer as malas
Aquele vento de oeste
Enche as velas
Com o que disse
Aquela vagem de ferro
Aconchega-me
Ao dormir
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Depois de te acordar
Acordei
Com granizo e serras
E o jardineiro da cidade
Cavacava
A fugir das pedras
Entrou na máquina
Da vizinha
Para ver se a via
Não dormia com aquilo
E lá viu
O que lá queria
Fotografias dela
Toda aberta
Quando foi de férias
E da filha pequena
Despida
Na cama do outro
"Enquanto houver alcaria
Durmo
Que nem uma pedra
"Se eu não beber
Não durmo
Pelo menos não tremo.
Eu gosto é de ter
A cabeça cheia"
Acordei
Com granizo e serras
E o jardineiro da cidade
Cavacava
A fugir das pedras
Entrou na máquina
Da vizinha
Para ver se a via
Não dormia com aquilo
E lá viu
O que lá queria
Fotografias dela
Toda aberta
Quando foi de férias
E da filha pequena
Despida
Na cama do outro
"Enquanto houver alcaria
Durmo
Que nem uma pedra
"Se eu não beber
Não durmo
Pelo menos não tremo.
Eu gosto é de ter
A cabeça cheia"
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
terça-feira, 23 de setembro de 2014
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Se o teu sangue é vermelho
Porque não paro de transpirar?
Não paro eu de brincar aos peixes
De roubar do prato para a boca
Porque hiberno com este cheiro a alho?
E te ausculto com as minhas pinças
Olho o que tenho à solta
E ponho tudo no carrinho
Anda, leva-me à feira
Enquanto sou uma máquina
Teme comigo o futuro
Porque não paro de estar contigo?
Amanhã acordamos às sete e meia
E estendemos a cama à vela
As notícias na despensa
As janelas do avesso
Porque não paro de transpirar?
Não paro eu de brincar aos peixes
De roubar do prato para a boca
Porque hiberno com este cheiro a alho?
E te ausculto com as minhas pinças
Olho o que tenho à solta
E ponho tudo no carrinho
Anda, leva-me à feira
Enquanto sou uma máquina
Teme comigo o futuro
Porque não paro de estar contigo?
Amanhã acordamos às sete e meia
E estendemos a cama à vela
As notícias na despensa
As janelas do avesso
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